28 de out. de 2013

Heaven


Meus pulsos choram.

Já não há esconderijo, já não existe o paraíso para minha alma inflamada. 
Deixe-me repousar no teu peito, dê-me um pouco do ar que pra ti és tão fácil de conseguir. 

A nostalgia dessa despedida faz de mim um amontoado de sentimentos desalinhados. A chama da minha vida já não lampeja o mesmo brilho.


Inadequada, desconcertada. Uma boneca de trapos humanos. Esse corpo é tão sujo... 

Já não há perdão, pois já não existem desculpas. 

As asas das borboleta dissipam-se, como teias de aranha, dizimadas como minhas esperanças. O arrancar das minhas próprias asas me torna frágil e inquieta. Tudo é neve, tudo é gélido. 

Aspecto enfermiço. Um sorriso desenhado com um corte profundo, entalhado no rosto, de orelha a orelha, cor de melancolia.

Então eu me deito, e repouso minha mente no escapismo, cobrindo-me de inverno.

Carrossel de ilusões.

Um verdadeiro crematório de sonhos.




2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Eu não havia visto o seu comentário, me perdoe...
      Obrigada, estou muito feliz com suas palavras. Seja bem-vinda ao blog e espero que goste de todos os textos que virão :)

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