1 de out. de 2013

Borboletas

Esse texto é um tanto antigo... Relíquias que eu encontrei no meu baú de dores.

Uma linha e uma agulha
Uma linha e uma agulha para as asas da borboleta
Uma linha e uma agulha
Pois minha alma está em trapos

E esse sorriso que você põe no rosto já não alivia o que te devora por dentro
Procurando por si mesmo no caminho do vento contrário
E ninguém vai te ouvir enquanto seus gritos forem internos
Amor...ódio...sonho...do que você precisa pra viver?
Dor...lágrimas...sangue...convençam-me de que não estou morta
E esse sorriso de escárnio que você guardou pro espelho?
Ele sabe as coisas que latejam na sua cabeça à noite.
Mostrando as asas apodrecidas da borboleta da vida
Tão sujas de vermelho....
O sol vai nascer de novo, não importa quantas vezes você o amaldiçoe
Não importa o quanto você esteja preso ao gelo
O calor virá pra derreter as asas esburacadas
Então apenas espere a clemência
Ignorando o ar em seus pulmões corrompidos
Espere a clemência distorcida...
A linha e a agulha...

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