11 de out. de 2013

Alive

Eu tenho frio.
Do lado de dentro, tudo parece oco e sombrio, e os fantasmas da tristeza me abraçam.
Esse meu apego doentio pela dor;
Essa sujeira na minha alma;
Esse sorriso podre;
Essas coisas que eu amontoo em pilhas e pilhas na minha estante de sentimentos
e que já não me satisfazem.
Elas fazem arder meu coração. 

Eu não sou doente. 
Não me medique com essas mentiras tolas de um amanhã no qual eu não acredito.
Não é você que fita o teto durante as noites de insônia e solidão.
Não aja como se me conhecesse o suficiente para me cobrar alguém melhor.
Não diga que eu preciso mudar: O mundo não muda.

Eu pinto de preto as paredes da minha fortaleza,
E durmo no meu frio interno.

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