Doía.
Mas ela não sabia explicar.
Apenas sentia aquele sentimento pesado, observando os fragmentos de suas crenças espalhando-se pelo chão. Com um suspiro e seus olhos fechados, queria trancar-se naquele canto escuro que reservara na própria mente.
Era confuso.
Tentar entender por que o arco-íris havia ficado cinza e os sorrisos pareciam tão empoeirados.
Ofegar pesadamente, lutando para preencher de ar os pulmões cansados daquela vida que tanto lhe oprimia a garganta e o peito. Estava tão triste que a tristeza já não lhe definia. Era apenas mais uma palavra que a humanidade inventou pra batizar aquele martírio e as lamúrias de sua alma.
De que importa afinal?
Se para morrer é necessário estar vivo, talvez para viver verdadeiramente deve se conhecer a essência da morte.
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